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1. |
Neutral Folk Motel
03:33
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Observo a ponte com olhos grafitados
Rezo pelo regresso dos guerreiros retornados
Oiço a melancolia com fones estragados
Penso em todos os mártires que nunca serão amados
E em nenhum deles és eu
E em nenhum de mim és tu
Por isso continua a tentar
Algum peixe há-de trincar
A couraça da tua indiferença
Onde insultos resvalam
E toda a gente pensa
Que é real
Fingimos todos muito muito mal
Que somos um só e uno
Fugimos no momento mais oportuno
Vamos dançar à luz das lâmpadas fundidas
Vamos morrer à sombra das nossas vidas
Oiço o levantar das quedas de água
Perdi lá muitas das minhas mágoas
Fico especado ao ouvir aquela canção
Fui rapaz de duas cabeças mas com um só coração
E enviei cartas a três almas sozinhas
Só queria saber se iam ser todas minhas
E em todas elas vejo-te a ti
E em nenhuma delas vejo-me a mim
E o relógio toca sem nunca parar
Porque é que eu nunca o ouvi a tocar?
A fábrica polui e todos bebem a água suja
E os hambúrgueres têm todos molho da dita cuja
As linhas de Nazca foram desfloradas
Pelos hipócritas que as decretaram sagradas
E agora o céu cai em cima dos justos fiéis
De todos aqueles que não pactuam com anéis
Por fim o mar ergue-se e estão todos desolados
E eu observo a ponte com olhos grafitados
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2. |
TRVEKVLTMETALMVSIK
01:41
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3. |
WC
05:33
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4. |
Over and Out
03:47
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5. |
ex2015
05:12
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6. |
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Yo, Acéfalo Triunfante
Beat pesado como um elefante
Mais brilhante que uma jante
De um xunning pseudo-elegante
Sempre eternamente
Ignorando facilmente
Os celeumas desta gente da minha terra
Não me levem a mal
Por ela ia à guerra
Mas quando olho o seu passado
Sou mais pai desapontado que filho admirado
Ou herói ignorado
Porque eu venho da Prelada
Filho de Massarelos
Casa sempre desarrumada
E sempre em mudança
De norte a sul sem nunca parar na capital
A pretensão lisboeta faz-me sentir mal
Cidade estado de Portugal
Não é nada mais que um quintal
De alfaces estragadas
Que vivem ilusões de grandeza
À grande e à francesa
Mas eu não odeio ninguém
Há boa gente em todo o lado
Mas há pessoas merdosas também
E hoje ainda há quem
Veja Arte como algo subjectivo
A vossa opinião não passa de um peido subjectivo
Saído dessa vossa cara de rabo ofendida
Defendida por cavaleiros tesudos
Que não querem mais que umas nudes
Em troca de
Divulgação
E adoração
Tenho saudades de quando éramos uma nação
(Refrão)
Tenho saudades de quando éramos uma nação
Tenho saudades de quando o orgulho português
Podia ser dito sem gang signs e nomes em inglês
Tenho orgulho/saudades de quando a música portuguesa
Não era só para se ouvir à mesa
Tenho saudades de quando o meu país
Se preocupava com mais do que o seu nariz
Porque se vamos falar de narizes chegaram ao sítio certo, meus lindos
O Triunfo dos Acéfalos começou, sejam bem-vindos
Porque é que um gajo não pode fazer música sem ter um rótulo?
Já acabou Jéssica? Cadê meu óculo?
OTDA é livre é do mais puro que há
E se eu quero fazer rap ninguém me pode parar
Mas se alguém tem algum comentário a fazer
Aproveite -agora- que não tou a ver
Nem a ler neste caso
Porque vocês são todos como o aço
Mas à minha cara aposto que todos piam baixo
E eu acho que até me deva sentir elogiado
O negativismo faz-me sentir lisonjeado
Passo tantas noites até às tantas acordado
Só p'ra escrever estes versos retardados
Ao menos são originais
Não me dou bem com essas rimas marginais
Como é que viver aqui vos faz sentir gangsta?
Passam o dia a dormir e a encher a pança
Que vida lixada, deixa que te diga
Aposto que nunca comeste alheira uma semana seguida
Nunca tiveste que acordar às seis para apanhar um comboio
Ou fazer directa a trabalhar num escritório
Aposto que sempre recebeste prendas no natal
E ficavas em casa sempre que te sentias mal
Aposto que recebes notas roxas nos anos
E sais todos os dias com todos os teus manos
Eu sei que nunca chegaste a casa encharcado
Eu sei que nunca chegaste a casa esfomeado
Bem sei que nunca dormiste com a barriga a gemer
Sempre tiveste cola de marca para beber
O teu dinheiro mete-me nojo, sou-te sincero
Toda a tua vida facilitada, a mim diz-me zero
Sempre tive pão
E educação
Vim ao mundo com a melhor arma na mão
É mais do que se pode dizer dos putos desta geração
É mais do que se pode dizer dos putos desta geração...
(Refrão)
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7. |
Animais
03:42
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Tenho andado a tentar
Encontrar-me de novo
A minha existência num ovo
À deriva pelo ar poluído
Nunca chegámos a ser crescidos
Parados neste quintal biológico
Encontrámos este jardim zoológico
E os animais estão a chegar
O grilo não pára de me avisar
Chegámos à borda da terra plana
E sinto-me frio como uma iguana
Não consigo pensar em nada
Que não tenha a tua cara
Esta sensação é rara
Agora sinto-me finalmente completo
A raposa segue o seu trajecto
Do fundo vem o cantar das baleias
Prevêm a chegada das cheias
E os animais estão a chegar
O grilo não pára de me avisar
Chegámos à borda da terra plana
E sinto-me frio como uma iguana
E chegou o calor
À minha vida ilusória
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8. |
Vietname (Saigon Mix)
02:19
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O Triunfo dos Acéfalos Santo Tirso, Portugal
O Triunfo dos Acéfalos é um projeto de electro-punk composto por Luís Barreto e Bugs Ferreira, sitiado em Santo Tirso. Junta a ética e a mensagem política do punk às possibilidades infinitas da música electrónica moderna, aliando guitarras, sintetizadores e noise a beats intensos. ... more
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