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johnnybguud
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johnnybguud This was the first of OTDA's "awakening" phase and was excellent, I still listen to many of these tunes, they are very catchy! Favorite track: Malhas.
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1.
Menos Eu 03:52
Observo as formigas No tapete do meu quarto Carregam às costas as migas Que matei da última vez que fiquei farto Delas Será que elas têm culpa? Ou fui eu que as convidei? Será que o meu conceito de culpa Foi manchado pelo que não falei? Observo o meu reflexo E já não me consigo reconhecer Muitas noites de excesso Mas eu não quero desaparecer Às vezes não consigo dormir Às vezes não consigo escrever Tentei fazer um malha Mas acabei com uma música que faz adormecer Toda a gente Menos eu Eu excluo-me da equação
2.
3.
Bem-vindos a Santo Tirso O comboio já vai parar Sim, só uma linha é que está activa Mas passa o Alfa, por isso... Bem-vindos a Santo Tirso! A jóia do Ave! Lar dos jesuítas E dos limonetes para os hipsters Bem-vindos a Santo Tirso Bem-vindos a STS Santo Tirso ConVida Mas morreu em 2007 Quando eu cá naufraguei pela primeira vez Ninguém me deu as boas-vindas Ninguém quis saber Por isso agora Dou-as a vocês Vêm de mãos dadas em pares de três Bem-vindos sejais vós Deixem-me ouvir a vossa voz Santo Tirso tem uma cena musical Algumas bandas daqui não se safaram nada mal Santo Tirso Até tem as Festas de São Bento! Agora vou-vos mostrar um truque de magia Por isso estejam atentos Bem-vindos a Santo Tirso O comboio já passou Só há às dez e picos Já tudo o vento levou Bem-vindos a Santo Tirso Também acordaste às seis da manhã? Tenho pena de ti Se tiveres pena de mim também Bem-vindos a Santo Tirso Vamos beber um copo ao Carpe Deves estar cansado Há quanto tempo 'tás acordado? A Sra. Rotina já te pegou a doença Mas eu tenho um bom antibiótico Mete os fones nos ouvidos Entra no meu mundo sónico Não tenhas medo de meter o volume ao máximo Já sabes o discurso do pica E não conheces ninguém nesta carruagem Mas por amor à Santa Não te esqueças do telefone Ainda matas alguém Ou pior Ficas ciente Do que te rodeia! Qual foi a ideia de te sentares ao pé da velha? Ela não se vai calar E não te vai largar "Pareces o meu netinho!" Ó vó, deixe-me em paz! Diz adeus a Santo Tirso Daqui a pouco estás no Porto Quarenta minutos passam rápido Quando tens o cérebro em piloto automático Diz adeus a Santo Tirso São horas de fechar os olhinhos As pálpebras 'tão a pesar Sabia bem agora um soninho Ou será que já tás a sonhar? Nem consegues perceber, seu cabeça-no-ar! Puseste o telemóvel a carregar? Espera Tu chegaste sequer a acordar?
4.
4780-4306 03:55
Ciclos de sono Interrompidos e partidos Estes ciclos de sono Eu acordo destruído Com estes ciclos de sono Sinto-me mesmo aborrecido Ciclos de sono 4 7 8 0 4 3 0 6 Abro os olhos Vejo o tecto do meu quarto Fecho os olhos Já me começo a sentir farto Abro os olhos Dois minutos p'ró comboio Fecho os olhos Dez minutos p'ró comboio Fecho os olhos Abro os olhos Abro os olhos Fui chamado à atenção Fecho os olhos É como uma prisão Vejo o tempo a passar De três em três horas O ponteiro sempre a rodar O ponteiro das horas Passo o dia a sonhar Com a minha almofada Mas quando a volto a encontrar não sinto nada Abro os olhos 'Tás mesmo à minha frente Fecho os olhos Já te sou indiferente Abro os olhos Tudo mudou de novo Fecho os olhos Estrelo o meu ovo Abro os olhos Uma nova oportunidade Fecho os olhos Afogo-me na cidade Às vezes fecho os olhos Durante algumas horas E sonho com aqueles campos de amoras E lá te vejo A sorrir O perfume que deixaste nos meus lençóis É o cheiro dos meus sonhos e das minhas ambições Quando abrir os olhos amanhã de manhã Quero-te ao meu lado quando chegarmos a Campanhã Vejo a vida a passar De três em três horas Não páro de me queixar Do ponteiro das horas Passo o dia a sonhar Com a minha almofada Mas quando a volto a encontrar não sinto nada Vejo a vida a passar De três em três horas O ponteiro o ponteiro O ponteiro das horas Passo o dia a sonhar Com a minha almofada Mas quando a volto a encontrar não sinto nada Quando a volto a encontrar não sinto nada Já não sinto nada Quando volto a encontrar os meus Ciclos de sono Interrompidos e partidos Os meus ciclos de sono Ciclos de sono Eu acordo destruído Com estes ciclos de sono Com estes ciclos de sono Sinto-me mesmo aborrecido Com estes ciclos de sono Com estes ciclos de sono Com estes ciclos de sono Interrompidos e partidos Estes ciclos de sono Estes ciclos de sono Estes Ciclos de sono Ciclos de sono
5.
Foi a noite em que conseguiste alcançar O ardor nunca visto do luar Nessa noite estavas cego de amor E apego e licor E de muitas outras coisas Que nem consegues recordar Só te lembras mesmo daquele olhar "Hoje serás minha" Era o que pensavas Quantas vezes disseste isso E à noite choravas? (Será que é amor?) (Ou será que é só luxúria?) (Nunca ter provado o sabor) (Causa muita fúria) Hoje sentias que era derradeiro Mas já sabias que não eras o primeiro Horas passavam E não te largavam A fada verde nos teus olhos pesava Desta forma nunca vais saber O que é que vais acabar por fazer ou Se te vais arrepender Nunca te arrependas dos teus instintos Foi nesta noite Que sentiste a brisa Entre vocês os dois A cortina já tinha sido rompida Foi nesta noite que tu Seguiste em frente Não sabes se te perdeste Porque não estavas atento (Será que é amor?)
6.
Não sei com quem errei Não sei com quem falei Sei o que fiz bem E não foi assim tão bem (Não)
7.
Já não sei escrever canções Já não sei o que é rock and roll Há demasiado tempo que não bebo um fino ao sol Já não sei o que é não ter despertador Já não sei o que é o lazer de um não-trabalhador Há demasiado tempo que não pego num lápis de cor Será que eu matei a rotina? Ou foi a rotina que me matou? Será que eu já quero morrer? Ou será que o alarme ainda não tocou Eu só sei que nada sei E nunca nada saberei Já sei o que é sentir-se velho Já sei o que é olhar para o espelho E não saber quem me olha do outro lado Do outro lado Já sei o que é estar do outro lado Já sei o que é ser o malvado Que estraga o futuro dos que me hão de suceder Será que eu matei a rotina? Ou foi a rotina que me matou? Será que eu já quero morrer, logo de manhã? Ou será que o alarme ainda não tocou? Eu só sei que nada sei E nunca nada saberei Eu nunca Eu nunca Eu nunca Eu nunca vou morrer! Sem dizer tudo o que tenho p'ra dizer! Nós nunca vamos morrer! Se não fizermos tudo o que temos a fazer! Eu nunca vou morrer!
8.
*unironically vap[orwav]es ironically*
9.
Fim da linha, fim de transmissão Porque é que largaste quando lhe agarraste a mão Fim da linha da minha língua Não há espaço p'ra palavras quando a lua minguante Se torna desesperante e ficas sem ar O que é que aconteceria após sufocar? Sem vida Era como ficava Não atiraste a bóia enquanto se afogava Que diferença faz agora? Pega na pistola Lá fora os putos jogam à bola Roubam maçãs, roubam beijos Roubam corações, roubam desejos Entretanto cá dentro o aborrecimento conduz o carro Apatia escondida com máscaras de barro Dá-te o cabo AUX e diz p'ra tocares a tua música preferida Mas escondes a canção da tua vida O rádio fala e conversa contigo O diálogo rapidamente torna-se aborrecido Despachas a conversa com uma desculpa inventada Reparas que a ligação já foi quebrada Fim de transmissão, rádio interrompido Não disseste tudo o que era preciso Para te assegurares do final feliz Engoliste as palavras com o sangue do nariz Sentes-te fraco quando te sentes forte Passas o tempo a esperar pela morte Sentes-te fraco quando te sentes forte Segues a bússola no rumo ao norte A morte chega quando chegar Não tentes a tua sorte ao tentá-la apressar E quando chegar não será hoje por isso Tranca a porta e alimenta o teu vício Letras voam na tua cabeça a mil à hora Tás cheio de pressa para te ires embora desta festa aborrecida O teu próprio infanticida foste tu próprio Que cortaste a ligação num frenesim de ópio Ideias fogem por entre os teus dedos A caneta perde a tinta e ganhas novos medos Fim de linha, fim de transmissão Acabou a brincadeira, acabou a diversão Fim de transmissão, rádio interrompido Foste obrigado a ser o mais crescido
10.
Encontrei o jacal ao tocar das oito e meia Cheirou-me os pés e uivou para a lua cheia Seguiu-me até casa e parou no portão Atacou o guarda e mordeu-me a mão E eu alimentei-o com os meus erros e arrependimentos E ele comeu tudo e quis repetir sem agradecimento E eu, colhi o trigo mesmo fora de época Não senti o terramoto mas assustei-me com a réplica E vi o fantasma e vi a viúva E bebi o vinho sem pisar a uva E fui o fantasma e fui a viúva E cortei-lhe o pescoço e deixei a luva para trás! Para trás! Perdi a minha sombra ao entrar na ruína O ar sabia a enxofre e cheirava a urina O relâmpago estrondou só para me assustar E o cão ladrou mas deixei-o para trás! Para trás! Nas raízes da árvore Vi a serpente Entre as suas mordidas Caíu-lhe um dente E eu usei-o para cortar a luz da noite Mas cortei o meu peito e o meu sangue foi-se (O jacal reapareceu ao tocar das duas e um quarto Apanhou-me com a boca na botija e eu a ele no acto Mordi-lhe a pata e o seu sangue embriagou-me Uivei à lua e a sua luz negra cegou-me)
11.
12.
Ao voltar para a minha caverna Oiço música A germinar na minha terra Vejo fotos e fotos De caixotes do lixo Vejo outros tipos Vejo gajos fixes Estes putos estão sempre a crescer E eu fico mais velho Mas sem nunca esquecer A minha idade da parvoeira Finjo sempre que acabou Depois de uma garrafa de cerveja E ao sair da minha gruta Acordo para a vida Com a certeza absoluta De que esta cidade Ainda tem futuro Mesmo ao meu lado Atrás daquele muro Tu consegues, meu rapaz Sei o que tens em mente Beija lá a moça Para seguires em frente És bom rapaz E és diferente Nem admites que és Melhor que toda a gente (e o ciclo/circo continua) Vejo o sol nascer Pela janela do comboio A minha vida a passar E eu não fico mais novo Ei miúdo Aproveita a vida Qualquer dia olhas p'ra trás E já acabaste a corrida Não devo ser fatalista Mas... *sigh*
13.
Malhas 17:00
Sentas-te a escrever e encontras o teu pior inimigo Achavas que já tinhas crescido Mas há coisas que nunca passam Tentas pensar numa ideia engraçada Que tal uma parede a ser derrubada Mas a originalidade é escassa Tocas as tuas malhas E aperfeiçoas as tuas falhas Enches o teu quarto de tralhas Mas no fim de contas não vale a pena Escreves um verso mas não encaixa com o refrão Acabas por não acabar a canção Já começam a ser demasiadas Arranjas uma boa sequência Genérica o suficiente para não ires à falência Mas já existem demasiadas ... Adorei a tua música sobre a guerra Inspirou-me a levantar e fazer a minha própria Adorei quando falaste do fadista Eu também acho que está fora de moda E se estas malhas forem só um mal entendido Então eu não quero ser compreendido O único objectivo da poesia É ser mal interpretada A coisa que me causa mais azia É a mais desejada ... E se as minhas falhas não me redimirem Então peço-vos para nunca as ouvirem

about

Disco conceptual lo-fi sobre a rotina ferroviária vivida por estudantes, trabalhadores, trabalhadores-estudantes e toda a gente que leva diariamente coça psicológica da CP. (t. Acéfalo, 2019)

Gravado durante 2016, um disco de inverno que passou pelas quatro estações e acabou onde começou.
Agradecimento especial à Isa pelo apoio e inspiração. A ela lhe dedico estas músicas. E também um outro agradecimento especial ao Gabi e ao Figas pela enorme paciência que me dispensaram na produção da parte visual deste álbum.

credits

released December 27, 2016

Acéfalo Triunfante - voz, baixo, guitarra eléctrica, bateria, bateria electrónica, guitarra barítona, guitarra acústica, produção, letras, direcção artística
Isabel Torres - foto da capa
Gabriel Coelho e Miguel Figueiredo - edição de imagem
Miguel Figueiredo e Diogo Silva - vozes na música 9
Tim - voz na música 12
Luís Ramos dos F.M.L. - voz na música 12
José "O Zé" Alves - voz e inspiração na música 8
Abyss da Beat the System Crew - voz na música 13

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about

O Triunfo dos Acéfalos Santo Tirso, Portugal

O Triunfo dos Acéfalos é um projeto de electro-punk composto por Luís Barreto e Bugs Ferreira, sitiado em Santo Tirso. Junta a ética e a mensagem política do punk às possibilidades infinitas da música electrónica moderna, aliando guitarras, sintetizadores e noise a beats intensos. ... more

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